A Kellog School off Management lançou há alguns anos atrás um curso de administração sobre o uso da criatividade como ferramenta para os negócios.
Ao invés de assistir a uma palestra normal, os alunos fizeram um workshop sobre improvisação. A experiência foi liderada por dois atores. Mas não se tratava apenas de diversão. Era para criar um conjunto de ferramentas que os alunos pudessem usar para encontrar inspiração nas coisas comuns. Como agora as reuniões virtuais se tornaram uma realidade na rotina da maioria dos profissionais, muitos sentem que falta algo. Esse algo é o sentimento de inspiração, o desejo de correr riscos ou inovar, a conexão entre as pessoas. Em suma, as reuniões virtuais muitas vezes sofrem com a falta de improvisação ou encontros de alta energia com outras pessoas. Mas isso não deve surpreender ninguém. Pesquisas sugerem que as pessoas que interagem online estão mais focadas na tarefa. Além disso, elas têm maior probabilidade de colocar a mão na massa. Não precisa ser assim. Com um pouco de esforço, há formas de levar a espontaneidade, coesão e até mesmo a diversão às reuniões virtuais. Veja a seguir uma técnica que podem funcionar bem. O ritmo de uma cena Durante uma improvisação, os atores tocam "o ritmo de uma cena". Isso significa que toda cena eficaz precisa de um começo, meio e fim bem definidos. Por que será que esperamos que as reuniões virtuais eficazes sejam diferentes? Nas reuniões presenciais, geralmente há uma troca de cordialidades, antes de o facilitador apresentar o objetivo da reunião. Embora esses rituais superficiais parecem não ter propósito algum, eles são a cola que une os membros. No entanto, as cordialidades são mais difíceis de replicar em reuniões virtuais. Afinal, pessoas vão entrando aleatoriamente, além das restrições de áudio para uso de um por vez dos aplicativos de reunião. Assim, os líderes podem impor uma técnica de improvisação para delinear os "ritmos de uma reunião", mantendo-os na linha enquanto proporcionam espaço para o humor e a criatividade. Como aquecimento para uma sessão de treinamento em grupo virtual, o facilitador pode apresentar o jogo rápido "Fato, Problema, Solução". Neste jogo, os participantes são colocados em sequência e a primeira pessoa fala de um local, como "Estamos na praia". A próxima pessoa conta um problema que poderia ocorrer em tal local: "Sofremos com queimaduras do sol". O próximo fornece uma solução: "Vamos passar protetor solar". A quarta pessoa termina dizendo: "E, corta!". O jogo é repetido até que todos tenham tido a chance de fazer o papel de criador do "Fato", "Problema", "Solução" e o diretor que encerra a cena. Este jogo prepara as pessoas para estarem presentes e se concentrarem na tarefa em questão ao atuar na cena em que estão naquele momento. Também incentiva as pessoas a serem concisas, voltadas à solução e divertidas. A estrutura do jogo ajuda a fazer com que toda a equipe se acostume a criar limites internos. Isso evita que as pessoas apresentem outros problemas antes de uma nova ideia tiver sido tratada por completo. Além disso, permite que as pessoas analisem um problema mais profundamente antes de passar para o modo “solução”.
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Junho 2021
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